Esparsa camoniana dedicada ao tema do desconcerto do mundo, dialogando com outras composições em que o sujeito lírico se questiona sobre o desacerto entre as expectativas legítimas e a realidade vivenciada.
MAIS INFOEsparsa "Os bons vi sempre passar"
Os bons vi sempre passar /
no mundo graves tormentos; /
e, para mais m´ espantar, /
os maus vi sempre nadar /
em mar de contentamentos. /
Cuidando alcançar assim /
O bem tão mal ordenado, /
Fui mau, mas fui castigado: /
Assi que, só para mim, /
anda o mundo concertado.
Esparsa camoniana dedicada ao tema do desconcerto do mundo. Publicado pela primeira vez na segunda edição das “Rimas” (1598), este poema reflete sobre a desordem do mundo, dialogando com outras composições em que o sujeito lírico se questiona sobre o desacerto entre as expectativas legítimas e a realidade vivenciada.