O jovem D. António de Noronha morreu durante o serviço militar em Ceuta, morte que causou evidente desgosto a Camões. O comentário aborda a importância deste jovem fidalgo na poesia de Camões (leitura de André Gago)
MAIS INFOSoneto 6 [1595]; (Soneto 149, ed. Costa Pimpão) - A morte de D. António de Noronha - Frederico Lourenço
Em flor vos arrancou, de então crecida /
(Ah! senhor dom António!), a dura sorte, /
donde fazendo andava o braço forte /
a fama dos Antigos esquecida. //
?a só razão tenho conhecida /
com que tamanha mágoa se conforte: /
que, pois no mundo havia honrada morte, /
que não podíeis ter mais larga a vida. //
Se meus humildes versos podem tanto /
que co[‘o] desejo meu se iguale a arte, /
especial matéria me sereis. //
E, celebrado em triste e longo canto, /
se morrestes nas mãos do fero Marte, /
na memória das gentes vivereis. //
O jovem D. António de Noronha morreu durante os serviço militar em Ceuta, morte que causou evidente desgosto a Camões. O comentário aborda a importância deste jovem fidalgo na poesia de Camões.