Marcelo e o caso das gémeas no Parlamento: "Só posso ponderar depois de saber aquilo que vou ponderar"
A partir da Suíça, o presidente da República respondeu às questões dos jornalistas sobre o caso das gémeas, que em breve chegará ao Parlamento. Sobre uma eventual resposta à comissão de inquérito, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que só poderá tomar uma posição quando souber quais são os próximos passos do Parlamento.
Ao longo dos últimos meses, na antecâmara das eleições europeias, o presidente da República tinha remetido repetidamente esta questão para o tempo pós-eleitoral. Fonte parlamentar confirmou à RTP que os documentos da Presidência já foram enviados à Comissão Parlamentar de Inquérito.
Agora, Marcelo Rebelo de Sousa diz aguardar o que fará o Parlamento. "Só posso ponderar depois de saber aquilo que vou ponderar. É uma questão que só ponderarei depois de haver a iniciativa que justifique essa ponderação", adiantou.
Na semana passada, a presidência da República tinha anunciado que enviaria documentação sobre o caso à Assembleia da República.
"A Presidência da República acaba de receber, da comissão parlamentar de inquérito, um requerimento da documentação nela disponível, que, aliás, é a mesma já enviada à PGR, e que será remetida no próximo dia 11 de junho", lia-se na nota então divulgada.
"A Presidência da República acaba de receber, da comissão parlamentar de inquérito, um requerimento da documentação nela disponível, que, aliás, é a mesma já enviada à PGR, e que será remetida no próximo dia 11 de junho", lia-se na nota então divulgada.
Também nestas declarações, Marcelo Rebelo de Sousa concordou com apoio do Governo português à eventual candidatura de António Costa a um cargo europeu, destacando a experiência e qualidades do ex-primeiro-ministro.
Marcelo diz mesmo que Montenegro "fez bem" em anunciar tal apoio após as eleições e que "disse o que era natural, que o Governo apoia um português e aquele português com a experiência que tem para o Conselho Europeu”.
O presidente da República desvalorizou as críticas do antigo governante à dissolução da Assembleia da República e vincou que essas palavras não têm impacto no apoio a António Costa num cargo europeu.
"Ao longo da vida tenho apoiado muito boa gente que pensa o oposto daquilo que eu penso", resumiu. Marcelo acrescentou ainda que António Costa "conhece bem a Europa, move-se bem na Europa, dá-se bem com lideres europeus e é uma voz portuguesa. É importante para a Europa e para Portugal”.