O ator de série norte-americana Friends morreu em outubro de 2023 devido a "efeitos agudos de cetamina". Desde maio que as autoridades investigavam como é que Perry tinha obtido estes medicamentos sujeitos a prescrição. Revelam agora que uma rede criminosa se "aproveitou" do histórico de várias décadas de dependência de substâncias, algo que o ator assumia publicamente.
Cinco pessoas foram detidas, incluindo dois médicos e o assistente pessoal de Perry. Incui ainda Jasveen Sangha, também conhecida como "Rainha da Cetamina".
São acusados, no âmbito desta investigação, de terem trabalhado em conjunto para vender a substância ao ator e se "aproveitarem" do histórico de problemas de dependência de Matthew Perry para "enriquecer".
O ator de Friends morreu em outubro de 2023 na sequência de "efeitos agudos" de cetamina, que provocaram "sobreestimulação cardiovascular e depressão respiratória".
Segundo uma autópsia realizada ao corpo do ator de 54 anos foram encontrados níveis de cetamina no sangue próximos aos que seriam utilizados numa anestesia geral.
Inicialmente não foram encontrados indícios de qualquer crime e na altura o caso foi considerado um acidente. No entanto, em maio último, a polícia de Los Angeles e a Drug Enforcement Administration anunciaram que tinham iniciado uma investigação conjunta para apurar como é que o ator teria conseguido os medicamentos que explicavam a dose elevada de cetamina no sangue.
À altura dos acontecimentos, foi revelado que Matthew Perry estava a fazer um tratamento com cetamina para tratar a ansiedade e depressão. Só que o ator tinha realizado o último tratamento uma semana e meia antes de morrer, o que não explicava os níveis elevados da substâncias que foram detetados no sangue após a morte.
Por sua vez, o médico Salvador Plasencia "falsificou" os registos médicos na tentativa de comprovar que a medicação que o ator tinha tomado era legítima.
O chefe da polícia de Los Angeles, Dominic Choi, agradeceu esta quinta-feira a todas as autoridades envolvidas na investigação e destacou que este caso mostra que este tipo de situações são possíveis "independentemente de origens e estatutos socioeconómicos".