Morreu Eriksson, antigo treinador do Benfica
O antigo técnico do Benfica tinha 76 anos. Diagnosticado com um cancro terminal, tinha sido homenageado pelo Benfica ao intervalo do duelo com os franceses do Marselha, da primeira mão dos quartos de final da Liga Europa de futebol, em abril deste ano.
Na mesma nota, pede-se reserva para a família no momento de luto e informa-se que as condolências podem ser endereçadas na página oficial (www.svengoraneriksson.com).
Em janeiro o ex-técnico sueco revelou que tinha "na melhor das hipóteses" um ano de vida, depois de ter sido diagnosticado com um cancro no pâncreas.
Eriksson liderou também as "águias" na final da Taça UEFA de 1982/83, perdida para o Anderlecht, em eliminatória a duas mãos, e na final da Liga dos Campeões de 1989/90, em que perdeu com o AC Milan (1-0), em Viena.
A acompanhar o sueco, estiveram Valdo, António Bastos Lopes, Carlos Pereira, Álvaro Magalhães, Alberto Bastos Lopes, Kenedy, Paulo Madeira, José Manuel Delgado, Pedro Valido, Dias Graça, Shéu, Rui Águas, João Alves, Paulo Padinha, Vítor Paneira, António Veloso, José Carlos, William, Filipovic, César Brito, Manniche, Diamantino, Humberto Coelho, Carlos Manuel e Toni, aplaudidos um a um pelos adeptos benfiquistas.
"Muitas emoções e choro. É lindo. Obrigado a todos os benfiquistas. Força, Benfica. Muita sorte para o futuro, a Rui Costa e a todos os benfiquistas", expressou Eriksson, antes de receber um galardão Cosme Damião pelas mãos do presidente.
Família emitiu comunicado
No últimos dias Eriksson tinha deixado uma mensagem de despedida: "Acho que todos temos medo do dia em que iremos morrer, mas a vida é também sobre morte. Espero que se lembrem de mim como uma pessoa positiva que tentou sempre fazer o máximo. Não fiquem tristes, sorriam. Obrigado a toda a gente, treinadores, jogadores, adeptos. Foi fantástico. Cuidem de vocês e das vossas vidas. Vivam-na... adeus", afirmou o sueco num documentário da "Amazon Prime" sobre a sua vida.
O sueco teve uma carreira cheia de sucesso, passou por clubes como Lazio, Sampdoria, Fiorentina, Roma, Manchester City, Leicester City, além do Benfica – onde esteve de 1982/83 a 1983/84 e de 1989/90 a 1991/92. Como selecionador liderou a Inglaterra, o México, a Costa do Marfim e as Filipinas, no último cargo como treinador.
Na única outra grande competição sob o comando de Eriksson - o Campeonato da Europa de 2004 - a Inglaterra também foi eliminada nos quartos-de-final, novamente por Portugal e através de um desempate por grandes penalidades, tal como no Campeonato do Mundo de 2006.
O último cargo no futebol foi o de diretor desportivo no Karlstad, uma equipa da terceira divisão da Suécia.